Residência Multiprofissional
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando Residência Multiprofissional por Autor "AITA, Karla Maria Siqueira Coelho"
Agora exibindo 1 - 5 de 5
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAvaliação da satisfação da criança portadora de cardiopatia, sobre seu desempenho ocupacional(2017) VIELMOND, Bianca Cristina Oliveira; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoDoenças cardiovasculares (DCV) constituem-se em irregularidades do sistema vascular, podendo ser congênita ou adquirida, que decorrem de diversas implicações clínicas, tendo inúmeras consequências. Estas são repercussões que impactam na vida da criança, podendo ser de aspectos físicos, sociais ou psicológicos, porém comprometem o desempenho ocupacional da criança portadora de cardiopatia. O desempenho ocupacional consiste na habilidade de desempenhar suas ocupações, apresentando relação entre o ambiente, a ocupação e o indivíduo. Esta pesquisa teve como objetivo compreender a percepção que a criança portadora de cardiopatia possui sobre seu desempenho ocupacional. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa e qualitativa, sendo do tipo observacional, não experimental, transversal, descritivo e analítico. A coleta foi realizada com 35 crianças portadores de cardiopatia, através de entrevistas divididas em duas etapas, sendo a primeira utilizou-se o formulário de informações pessoais e em seguida o protocolo da Medida Canadense de Desempenho ocupacional com as crianças do ambulatório da Fundação Pública Estadual Hospital de Clinicas Gaspar Vianna. Os resultados mostraram que 68,5% das crianças entrevistadas apresentam alteração no desempenho ocupacional e a área mais comprometida foi a produtividade apresentando 90,48%, assim englobando as atividades brincar e escola com 54,76% e 28,57%, respectivamente. Essas atividades são consideradas as principais ocupações da criança sendo fundamental para seu desenvolvimento. Os resultados sugerem também que vários fatores estão associados diretamente com o desempenho ocupacional como em que fase da doença houve o diagnóstico, a classe funcional que a criança se encontra, sua condição cirúrgica, entre outros. Foram abordadas as singularidades do COPM, no que diz respeito as classes de ocupações e suas subdivisões. Conclui-se com o estudo a eficácia do protocolo abordado compreender a percepção da criança em relação ao seu desempenho ocupacional, bem como a necessidade da intervenção da Terapia Ocupacional utilizando abordagem centrada no cliente. Diante disso, há necessidade de novos estudos que abordem o desempenho ocupacional e as singularidades dos pacientes portadores de cardiopatia, buscando uma intervenção cada vez mais holística.
- ItemO brincar enquanto ocupação: sobre a forma e o(s) significado(s) atribuídos pela criança com cardiopatia no hospital(2015) LIMA, Solange Rezende Rabelo de; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoA doença crônica na infância geralmente traz consigo onerosas particularidades. São enfrentados muitos problemas como: longos períodos de hospitalização: reinternações frequentes; terapêutica agressiva, muitas vezes com efeitos indesejáveis advindos do próprio tratamento; dificuldades pela separação dos membros da família durante as internações; interrupção das atividades diárias; limitações na compreensão do diagnóstico; angústia; sofrimento; dor e o medo constante da possibilidade de morte. A hospitalização é um fator importante a ser reconhecido, por ser uma experiência estressante para a criança cardiopata e seus pais, que, na maioria das vezes impõe uma ruptura nos vínculos afetivos com sua família e com o próprio meio ambiente em que vive. Dentre as atividades rotineiras de uma criança que são prejudicadas em função da hospitalização, destaca-se o brincar, o qual é considerado como a principal ocupação da mesma e de fundamental importância para o seu desenvolvimento. Esta pesquisa foi desenvolvida com intuito de compreender o significado do brincar atribuído por crianças cardiopatas no contexto hospitalar. Consistiu em uma pesquisa ancorada na abordagem qualitativa, de orientação fenomenológica, na qual foi utilizado como instrumento a observação livre com registro em diário de campo e aplicação de entrevista aberta. As informações deste estudo foram determinadas a partir da técnica de análise do conteúdo. Os resultados apontaram que durante as brincadeiras, as crianças não exerciam papel de doente, mas sim de crianças. Dentre os significados atribuídos pela criança, destaca-se possibilidade de retomar a infância, interrompida pelo adoecimento e hospitalização, reconectando-se com sua história de vida; o estabelecimento de vínculos e relações de confiança que contribuíram para diminuir a sensação de isolamento e dar continuidade ao seu processo de desenvolvimento humano; e a possibilidade de ressignificar situações e experiências provenientes da hospitalização que fossem por hora desconhecidas e/ou desagradáveis. Portanto concluiu-se que o brincar é uma importante ocupação desempenhada pela criança durante a hospitalização. Nesta perspectiva, apresentou-se como uma "janela" que se abriu em um espaço, o qual possibilitou mais do que olhar a vida, pode-se vivê-la. Janela que pode ser aberta pela própria criança, para que o hospital enquanto lugar de dor e restrições, pudesse dar espaço ao desempenhar a vida e atividades significativas.
- ItemParticipação das crianças nas ocupações infantis durante tratamento cardiológico hospitalar(2023) FEIJÓ, Lissa Karine dos Santos; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoSabe-se que as cardiopatias congênitas são as principais causas de internação prolongada, impactando a vida de crianças e seus pais/responsáveis em suas rotinas, interferindo, assim, no desempenho ocupacional destas crianças. Durante a internação hospitalar a criança perde a sua autonomia e é inclusa numa rotina diferente da que ela vivia antes: a rotina hospitalar. Sendo assim, esta pesquisa objetivou compreender a participação das crianças nas ocupações infantis durante tratamento cardiológico hospitalar, assim como identificar as possíveis influências da rotina em cardiologia hospitalar no repertório ocupacional e discutir a participação das crianças em suas ocupações neste contexto. A pesquisa, de cunho qualitativo, foi realizada com crianças com cardiopatia, na faixa etária de 6 a 12 anos de idade, internadas em um hospital público do município de Belém (PA). Para obtenção e registro dos dados, utilizou-se a Ficha de Avaliação do Repertório Ocupacional. Para a análise de dados, utilizou-se o método de análise do conteúdo de Bardin. Participaram da pesquisa oito crianças junto com os seus pais/responsáveis, e os principais resultados apontaram que a hospitalização influencia no desempenho ocupacional das crianças hospitalizadas, principalmente naquelas em que estão em pós-operatório, além de identificar as principais ocupações desempenhadas pelas crianças durante a internação hospitalar e o nível de auxílio necessário para desempenhá-las. É necessário refletir e analisar as demandas ocupacionais infantis e sua participação no contexto hospitalar é pensar no desenvolvimento infantil, na qualidade de vida, na saúde mental e no que o ambiente hospitalar tem a oferecer para este público, para além do cuidado no modelo cartesiano.
- ItemPerfil de independência no autocuidado da criança com Síndrome de Down em ambulatório de referência cardiológica na cidade de Belém(2018) AMARAL, Irmara Géssica Santos; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoEste estudo teve como objetivo delinear o perfil de independência nas atividades de autocuidado da criança Síndrome de Down que apresente cardiopatia congênita na faixa etária de 3 a 7 anos e 6 meses e que receba acompanhamento ambulatorial em unidade de referência cardiológica na cidade de Belém. A metodologia utilizada no estudo foi a abordagem quantitativa, de natureza observacional e do tipo transversal que recorre a linguagem matemática para expor seus resultados, a fim de identificar o perfil de independência nas atividades de autocuidado da criança com Síndrome de Down (SD) e Cardiopatia Congênita (CC), a partir do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Participaram da pesquisa 18 crianças, de gênero masculino e gênero feminino, com síndrome de Down e diagnóstico de cardiopatia congênita estando em acompanhamento no ambulatório de referência em cardiologia do estado (Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna - FPEHCGV), tendo idade compreendida entre 3 anos e 7 anos e 6 meses de idade. Para coleta de dados foram realizadas, junto aos pais/cuidadores, uma entrevista de informações pessoais e a parte I do PEDI referente às habilidades da criança para a as atividades de autocuidado. Através do estudo feito foi percebido que a SD é uma condição que interfere de forma determinante do desenvolvimento de habilidades necessárias para a realização independente das atividades de autocuidado e, quando é acrescido outro problema de saúde como a CC, essa criança apresentará maiores dificuldades para alcançar a independência. O estudo mostrou ainda um grande prejuízo na área de motricidade fina, o que interfere na realização de atividades como manuseio de fechos, abrir e fechar torneira, utilização de utensílios, entre outros. Em sua finalização, o estudo demonstra que o desempenho funcional nas atividades de autocuidado de crianças com SD e CC é inferior ao de crianças com desenvolvimento típico.
- ItemSobre ocupações e os propósitos dos usuários em unidade de terapia intensiva coronariana(2020) FARIAS, Abigail Alexsandra Ribeiro; AITA, Karla Maria Siqueira CoelhoDe acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), as Doenças Cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo. Dentre estas ressaltam-se as doenças isquêmicas do coração, as cerebrovasculares, a insuficiência cardíaca e as valvulopatias. O impacto biopsicossocial e ocupacional das DCV é grande, pois atinge uma parcela de adultos em fase produtiva que podem se apresentar assintomáticos ou negligenciarem alguns sintomas. Geralmente, quando o usuário recorre ao centro de saúde já está apresentando quadro grave com manifestação de sintomas necessitando de suporte avançado de vida com hospitalização em unidade de terapia intensiva especializada. A internação no ambiente hospitalar suscita nos usuários uma gama de sentimentos, principalmente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A partir do olhar da ciência da ocupação e da Logoterapia e Análise Existencial, a hospitalização em UTI é uma condição extremamente complexa, pois favorece o afastamento das ocupações significativas e dependência funcional devido pós cirúrgico da cirurgia cardíaca, o que pode provocar questionamentos sobre a vida. O presente estudo possuiu como objetivo de compreender o ocupar-se de ser usuário em uma Unidade de Terapia Intensiva Coronariana. Realizou-se uma pesquisa exploratória, descritiva, de abordagem qualitativa que teve como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada e análise do conteúdo para avaliação dos resultados do estudo. Participaram da pesquisa cinco pacientes internados em unidade coronariana que estavam em pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca. De modo geral, percebeu-se que o estar na UTI envolve sofrimento sendo considerado um desafio. No entanto, pode ser visualizado como um momento de aprendizado e promoção de vida. Os propósitos dos usuários a partir dessa vivência estão relacionados a vida, a realização da cirurgia, ao retorno para casa e as suas ocupações significativas. Além disso, pode-se compreender que apesar de ser uma vivência difícil, com perda de autonomia, com afastamento de suas ocupações, é possível encontrar um sentido no sofrimento. Nesse sentido, o estar na UTI os convidou a ocupar-se de reflexões, de pensamentos, questionamentos sobre a vida, bem como experimentar dedicar tempo para enxergar o essencial para o viver e assumir uma ocupação nova: ocupar-se em se desocupar. Portanto, a realização de valores de atitude permitiu a identificação de propósitos e assim encontrar outros sentidos para esta vivência.